quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Curtinhas do Catraca

(cléc - 30 - cléc - 31 - cléc - 32 - cléc -33 ...)


Saúdo-lhes, moçoilas e rapazotes do meu Brasil varonil. Volto do campo com o ar da Graça: irmã de cumadre Soraia, Graça me dera um aparelho de ar-condicionado antigo, para que eu possa me refrescar neste calor como já fazem há tempos os pinguins do Jardim Zoológico do Rio. Aproveito a oportunidade para leiloar meu leque oriental de papel crepon, da dinastia Ming. Herança de avó.

Aconteceu:
Mãe caminha com filho, que devia ter lá seus 7 ou 8 anos. O moleque, ao atravessar a rua, opta por pisar nas poças d'água que a chuva havia formado. Eis que sucede o seguinte diálogo:
- William, não pisa na poça menino, vai molhar o sapato todo!
- Vai não mãe - diz o levado William, molhando o sapato todo.
- Ah, vá se fuder então - completa a carinhosa.

Sobre tacos, bolas e buracos
Tiger Woods anunciou que vai dar umazinha no... Digo, paradinha no golf. Segundo Woods, o motivo do recesso é a vontade de se tornar um marido melhor. O golfista andou usando seu taco em buracos errados: peruas de Las Vegas, donas de boates e atrizes pornô. Além de recuperar a confiança de sua esposa, Tiger Woods precisa pechinchar melhor: gastou R$60 mil com uma rapariga de programa. Na lógica de Robin Willians, mais meio quilo de pó e Tiger conseguiria os jogos olímpicos.

Atentem!
A Ministra da Casa-Civil e provável candidata do PT à presidência da república, Dilma Roussef, acha completamente NORMAL que os nomes envolvidos no mensalão voltem a aparecer no cenário político brasileiro. Será?

Voto nulo é inércia, omissão. Atentem, pois o foco está desviado.

Seguirei atento.





domingo, 11 de outubro de 2009

Soraia me aguarda com Chá

(navegar é preciso, nem que seja de charrete..)



Amigos,
Aristeu Catraca aqui vos fala em nome do bom senso.

Joguei na mala
treze pares de meia,
um baralho incompleto,
um maço amassado,
um espelho envelhecido,
uma camisa de deputado,
um moleton desfiado,
sete papéis amarelos,
dois pares de chinelo velho,
uma borracha carcomida,
uma cocada vencida,
e uma viola quebrada.

E fui viajar. Me hospedarei na chácara da Cumadre Soraia, quase uma mãe. Bem aventurados os que esfriam os miolos no campo.
Recebei-me, vaca. Recebei-me, boi. Recebei-me, velha Soraia. Água de moringa e capim peludo.

Caríssimos, até breve.

Seguirei atento.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Noé cantou a pedra


(sabe?)



Juvenís varonís desse meu imenso Brasil,

atentem, pois como já disse, o foco está desviado. Atentem. Entre dois grandes conhecidos de Aristeu Catraca, há papos que se encontram no fim do caminho. Cleuza, estudante das ciências sociais, afirma com muita convicção de que o panorama político latino americano está beirando a falência da democracia - "democracia conquistada com muito suor" - lembrou, com a sabedoria de quem se informa. Tampouco enganado está o veterano Noé, atendente da loteria aqui da rua, que diz, com não menos sabedoria, que a política é um ciclo e que nada do que passou está descartado dos dias que virão. Polegares vermelhos latino americanos atentam assumidamente a liberdade de imprensa de seus respectivos países. Chávez na Venezuela, Rafael Correa no Equador. Nossos hermanos argentinos seguem paradoxais, no caminho certo da discriminalização da maconha e da criminalização da imprensa, do direito de se opor. Federais do casal Kirchner há pouco deram dura no Clarín, principal diário da província de Buenos Aires, e a câmara de deputados daquele país acaba de aprovar uma lei que, em simples palavras, dá ao governo o direito de intervir no conteúdo das TVs. O preocupante panorama mostra mais a cara a cada dia que passa, e não está longe de nós. Um simples exemplo é o nosso presidente do Senado Federal insistir em dizer que a mídia o persegue. Juvenís varonís, tirem vossos fones de vossos ouvidos e atentem. Atentem, pois o foco está desviado.

Seguirei atento.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Curtinhas do Catraca

(cléc -26 - cléc - 27 - cléc - 28 - cléc - 29...)





Oh, vá! Não me venham com a tolice de que Belchior está perdido. O velho Bé-bé, como o chamava nos tempos de truco na casa da prima Neide, nos dá uma pista de seu paradeiro em sua canção "Notícia de Terra civilizada". Assim sucede a bonita cantiga belquiorana: "E enfim se mandou um dia / E vindo viu e perdeu / E foi parar por engano / Numa delegacia". Fim da charada: por engano, numa delegacia? Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes está em Assis, SP.

Se Sasha escreve em seu twitter que estaria gravando uma 'sena' para seu novo filme, pouco importa. Muito mais curioso é perceber no mesmo site que sua mãe desconhece a existência das vírgulas. Mas isso também pouco importa. O que importa? O paradeiro de Bé-bé.

Pedrosa, o valente sorveteiro da Rua Quinze Mambembes, disse-me que Rubens Barrichello é um nobre piloto e que os brasileiros sempre o julgaram mal precipitadamente. Pedrosa, dê-me um Chicabon e escute-me: acostumamo-nos com Ayrton Cenna do Brasil! Ora essa...

E agora, José? Atentem, juveníssimos. Somos os garçons dessa pizzaria. Cuspemos na pizza de vossa excelência e aguemos sua coca cola. A informação e o interesse são o primeiro passo na construção dessa saliva..

Saúdo meu amigo e ex colega da turma de 88 do Curso Técnico de Jardinagem do Rio Comprido. Barbosa casou, migrou para o oeste e cria sete gordas e saudáveis filhas. (Barba, responda meu scrap!)

Deixo-lhes em nome da higiene, pois minhas velhas orelhas coçam e a cera encardirá o teclado.

Seguirei atento.


sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O combate ao João Ninguém


(na foto, a sabedoria de um baiano em meio ao tiroteio - em Assis, é cana!)




Juvenis Varonis,
Atentem!

Pois há muito eu não via como as autoridades de nosso país estão preocupadas com o impreocupável como hoje. Atentem. Sim, atentem.

São muitos os exemplos, caros amigos. Em Assis, São Paulo, a polícia está prendendo rapazotes na rua por vadiagem. Se não tens emprego, se não tens ocupação - cana.

Vó Sheila, velha amiga e companheira, lembrou-me com muita sabedoria: cabeça vazia, oficina do diabo. Mas em Assis o coisa-ruim tá é no prejuízo, oficina vazia, serrotes largados. Em Assis, mentes vazias - cana nos safados.

Disse-me o Garcia, exímio jogador de purrinha do Bairro do Catete, que por lá este esporte esta perdendo sua força. "Há muito preconceito, pensam que somos vagabundos", disse-me. Outro dia, contou-me o mesmo que oficiais à paisana rondam a região a procura dos praticantes de purrinha. Pudera, no bar do Soares, já existe um prato em homenagem à repressão: Filé à Paisana. Riquíssimo, acompanha alcaparras frescas.

Atentem pois o foco está desviado.

Seguirei atento.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

A problemática do Alface.






Saudações, forasteiros mil!



Enquanto o Globo Rural fala ao meu ouvido, reflito e concluo que o vegetarianismo é herança tola. Alface não têm valor por si só, tampouco o brócolis. Devem sim assumir modestos papéis complementares. E o que dizer da safada da soja? Trocando em miúdos, comamos o boi, pois assim deve ser.

Ergam as mãos pro céu e agradeçam: temos caninos na boca. Caninos! E os cães lá perdem tempo comendo somente rúcula? Sábios são os bichanos quadrúpedes.


Procediam assim os bárbaros? E o saudoso Cristo, malandrézimo, repartira o pão (derivado de leite e ovos) ou deste a seus chegados migalhas de jiló? Deixo tais indagações no ar.

Reflitam, caros amigos! E corrijam-me caso Cristo tenha utilizado pão de soja para ceiar.



Seguirei atento.


domingo, 26 de julho de 2009

O Mazzola pela Joelma



Amigos,


Escrevo ansioso, as pontas dos dedos coçam. Ocorre que outrora, nos bondes e depois nos antigos ônibus, respeitava-se a privacidade alheia. Venho observando uma mania entre os cariocas, uma tendência crescente que muito me assusta. Trata-se de desalmados seres que cismam em conferir à seus celulares a condição de rádio e, ainda descontentes, não reconhecem a existência do fone de ouvido. Inventado em meados de 1972, este pequeno pedaço de fio pode ser adquirido com facilidade em qualquer canto.

Nota-se ao entrar no ônibus alguns adesivos fixados acima do vidro frontal com algumas regras de bom senso:


1. Fale ao motorista somente o necessário
2. Proibido fumar
3. Proibido a entrada de animais domésticos
4. Proibido o uso de aparelho de som


Os 4 mandamentos do ônibus deveriam ser resguardados pelo motorista ou pelo cobrador. Estes homens deveriam ser uma espécie de Moisés, disseminando essas 4 importantes regras durante a peregrinação com seus seguidores, ou seja, durante a viagem de ônibus com seus passageiros. Pois bem, os hereges funcionários também tem o hábito de ouvir agradáveis canções em seus telefones.


Amigos, para este problema, eu, Aristeu N. Catraca, encontrei a solução. Esta pode ocorrer de diversas maneiras que seguem a mesma simples linha de raciocínio: ignorado o 4º mandamento, ignoremos os outros também. Imaginei algumas situações.


a) Sobre não tagarelar com o motorista.
Conhecido por sua extrema simpatia, seu sorriso frequente, sua aparência harmoniosa e convidativa, o motorista de ônibus é um camarada de poucas palavras. Entende-se que, se esta figura se dá ao luxo de ouvir músicas em seu nobre celular, tenho eu, Aristeu Catraca, o inegável direito de lhe proferir algumas palavras. Pensei em alguma coisa como contar-lhe detalhadamente a história da Revolução Francesa ou refletir junto dele sobre o dilema da vida de Bahuan, o dálit.

b) Sobre não levar bichanos.
Ninguém aqui está com cães ou gatos em mentes. Apresentarei ao cobrador que me apresentar a Joelma do Calypso o Mazzola, minha iguana húngara. Com escamas verde limão, Mazzola cultiva um visual punk rock, topete espetadão, olheiras, unhas pretas. Acho que é uma troca justa, o Mazzola pela Joelma..

c) Sobre não fumar.
Derby é o cacete, não darei o ouro ao pirata. Funcionário safado que desrespeitar o mandamento do som, conhecerá o fedor do charuto 'Baianinho' em suas narinas. Conheci 'Baianinho' em Minas, em uma saudável tarde de carnaval e dele jamais esqueci. Optei pelo baiano por seu preço razoável e sua justa venda à varejo, com um caboclo vendedor de chicletes desses 'engana turista'. Uma merda é o 'Baianinho', um cheiro de gengibre vencido, sei lá, fézis no vapor. Esqueci que não estava em Cuba, e sim em Minas, a terra do queijo.
Pois bem amigos, juntem-se a mim nesta luta. Defendamos o sono de saculejo, a leitura enjoativa. Defendamos o headphone.
Seguirei atento.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Chove no Rio de Janeiro, às 21:45 da noite. Uma chuva acompanhada de um vento frio, resmungão. Almeida, um velho camarada, costuma dizer que o Leme não combina com chuva e sim com pastel de carne. Faz sentido. A Barra da Tijuca combina com chuva pesada e com vento que corta, mas o Leme? O Leme não.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Prazer, Catraca.

Minha gente,

Saúdo-lhes entre baforadas e um soluço mal dado, me alternando entre o teclado e o Corujão.
Seguirei atento.